Estado laico para crianças de 0 a 3 anos

Oi, criançada!

Hoje o Tio Mike vai falar de uma pessoa muito especial: o Sr. Laico! Calma, eu sei que Laico parece nome de monstro, mas não é, tá?!

O Sr. Laico, meus pimpolhos queridos, é uma pessoa adulta, dono de uma casa muito grande, onde muitas crianças moram. Mesmo sendo forte demais para qualquer criança, ele é muito bonzinho! A única coisa que ele não gosta é de briga na casa dele! E como sai briga na casa do Sr. Laico!

O principal motivo de briga entre as crianças que moram na casa do Sr. Laico é a discussão sobre qual super-herói é melhor! Haja briga nisso!

O Sr. Laico não tem super-herói favorito, como a maioria das crianças que moram na casa dele tem, mas ele gosta de todos!

Exatamente por gostar de todos os super-heróis e de todas as crianças, ele não quer, por exemplo, que a turma do Zezinho, que prefere o Batman, brigue com a turma do Joãozinho, que gosta do Homem-Aranha!

Brigar para ver qual é o melhor super-herói é besteira, meus lindinhos! Afinal, todos eles combatem o mal, não é mesmo?!

Então, o Sr. laico, por ser forte, mas AMIGO de todos, deixa que todos os baixinhos curtam o seu super-herói favorito, desde que todos os outros sejam deixados em paz, inclusive aqueles que não gostam de nenhum herói específico!

Assim, a turma do Zezinho pode brincar de bat-caverna à vontade, sem que a turma do Joãozinho atrapalhe a diversão! A mesma coisa, fofinhos, vale para todas as turmas! Cada turma brinca no seu próprio espaço na casa do Sr. Laico, SEM BRIGAR, o que é muito feio!

Imaginem se o Sr. Laico não existisse? Seria uma briga danada entre crianças para ver quem seria o dono da casa! Mas vocês acham mesmo que uma criança pode tomar conta de uma casa grande como aquela do Sr. Laico? Não, né?!

Por isso, queridinhos do Tio Mike, cuidado quando vocês reclamarem do Sr. Laico! Não sejam injustos com ele, afinal, se vocês podem curtir o seu super-herói à vontade, sem medo de brigas, é por causa dele!

Hora do lanche!

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A bancada das trevas

A bancada evangélica finalmente mostrou a que veio: acabar, no longo prazo, com o Estado laico brasileiro. O tenebroso grupo está executando um perigoso projeto de poder, em nome de seus financiadores eleitorais (as igrejas neopentecostais), que, se consolidado, poderá levar o Brasil a seguir os rumos do fundamentalismo e da teocracia.

Hoje, a bancada da escuridão conta com 63 deputados e 3 senadores, alocados nos mais diversos partidos de situação e de oposição. Por mais que estejam em siglas diferentes, o grupo é um dos mais coesos do Congresso Nacional.

Mas de onde vem essa força deles? Quem eles representam? Senhores, o “poder de fogo” deles vem de um exército de fiéis, que, em regra, obedece integralmente às ordens de suas lideranças, sem maiores críticas ou questionamentos. Esse exército é composto por 15,4% da população brasileira, que no último censo se declarou evangélica.

O número de evangélicos cresceu muito nos últimos anos, graças à competente gestão empresarial das igrejas neopentecostais, entre as quais se destacam a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Internacional da Graça de Deus e a Igreja Mundial. Essas igrejas, principalmente por causa de campanhas agressivas de arrecadação de dízimos e ofertas, conseguiram fundos para pôr em prática o seu ousado e bem sucedido plano de expansão.

Ora, mas qual o problema da existência de uma bancada evangélica no Congresso, afinal, o Brasil é um país democrático e os evangélicos podem eleger os seus representantes?! Claro, não há problema quanto a isso, afinal, os evangélicos têm todo o direito de votar em quem eles quiserem.

O problema não é o voto dos evangélicos em si, nem a presença de uma ala parlamentar que os represente. O x da questão é o projeto de poder traçado pelas lideranças que sustentam a bancada evangélica, que, se não for monitorado pelo restante da sociedade, poderá culminar com o fim do já fraco Estado laico brasileiro.

Isso talvez possa soar um tanto alarmista, mas não o é! Para as lideranças evangélicas, vale tudo para a conversão das pessoas à sua doutrina: do bombardeio televisivo de cultos à conversão agressiva de índios, conforme denúncias veiculadas na internet; da destruição de terreiros onde se praticam religiões africanas à demonização de qualquer crítica, afinal, como diz a Bíblia, “feliz é a nação cujo Deus é o senhor”, mesmo que à custa do Estado laico, da democracia e dos direitos à igualdade e à liberdade religiosa.

Esses líderes veem a Constituição e o Estado laico como a lei dos “homens”, portanto hierarquicamente inferiores à lei de Deus, por eles interpretada e aplicada. Por isso, não haveria problema algum em acabar com a separação entre a igreja e o Estado, pois essa seria a maneira mais efetiva de tornar o Brasil a “Terra do Senhor”, administrada, por sua vez, por seus “representantes” terráqueos.

Por mais que eu conheça evangélicos esclarecidos, que defendem o Estado laico, os membros da bancada das trevas e os líderes das principais igrejas neopentecostais têm sede de poder e sonham com uma teocracia, com um país oficialmente cristão, para não dizer somente evangélico.

É suficiente ver um desses cultos na TV para entender o que eles realmente almejam com a política. Pastores, bispos e até apóstolos dizem com certa frequência às suas “ovelhas”: “Por que a gente não cria um partido para cuidar só das coisas de Deus?”; “O nosso objetivo é evangelizar o Brasil!”.

Portanto, por mais que possam desmentir os seus verdadeiros objetivos com a política, assim que puderem, mesmo que isso leve muito tempo, a bancada das trevas tornará o Brasil um Irã evangélico, com “aiatolás” e tudo mais.

Como contraponto a essa avançada da bancada evangélica, os secularistas, mesmo religiosos, devem pressionar os seus representantes para que defendam o Estado laico e que, pelos meios democráticos, consigam impedir a execução desse perigoso projeto de poder evangélico.

O Poder Judiciário e o Ministério Público devem ter todo o apoio da sociedade para que possam defender plenamente a Constituição e o Estado laico. Qualquer projeto de lei que lhes diminua a independência e o poder deve ser prontamente rechaçado por todos os secularistas.

Com o tempo, deve ser criada e consolidada uma frente secularista parlamentar, que deve se pautar na defesa do Estado laico. Vale ressaltar que essa frente não deve ter uma abordagem antirreligiosa, mas servirá apenas e tão somente para reforçar o saudável muro que separa o Estado da igreja.

Agindo assim, talvez a avançada da bancada evangélica tenha um freio e o seu projeto de poder seja, finalmente, paralisado. Caso contrário, o Brasil poderá se tornar oficialmente o “país do Senhor”, e não mais o país de todos. Portanto, alerta secularistas!

Em memória do meu avô – “Canção do amor apocalíptica” de Shelley Segal

Em memória do meu avô, eu gostaria de compartilhar esta canção de Shelley Segal. A canção é uma homenagem a Christopher Hitchens, e desde que escutei perto da época da morte do Sr. Hitchens tem sido uma das minhas canções memoriais favoritas. Espero que você disfrute da canção. A letra está abaixo da canção.

http://linceano.com/cancao-do-amor-apocaliptica

In memory of my grandfather, I would like to share this song by Shelley Segal. The song is a tribute to Christopher Hitchens, and ever since I heard it around the time of Mr. Hitchens’ death it has been one of my favorite memorial songs. I hope you enjoy the song. I’ve posted the lyrics below.

http://linceano.com/apocalyptic-love-song

En memoria de mi abuelo, me gustaría compartir esta canción de Shelley Segal. La canción es un homenaje a Christopher Hitchens, y desde que la escuché cerca de la época de la muerte del Sr. Hitchens ha sido una de mis canciones memoriales favoritas. Espero que disfrutes de la canción. Las letras están debajo de la canción.

http://linceano.com/cancion-de-amor-apocaliptica