Comunismo e Anarquismo

                                                               Blog Preso por Fora

   AQUI: http://presoporfora.blogspot.com/2011/08/comunismo-e-anarquismo.html

 

       Por que Comunismo e Anarquismo são tão mal interpretados? Algumas respostas que posso dar de imediato são que:

     No processo histórico, certos grupos apresentaram-se como Anarquistas e Comunistas e foram protagonistas de eventos ignominiosos que não condizem com as propostas de tais movimentos.

       Para se ter uma noção, por exemplo, a própria China, que se diz Comunista e a extinta URSS (União Soviética), nunca foram Comunistas. Você pode me perguntar caro leitor: Como não são? Pergunto-lhe: se de um dia para outro eu começar a dizer que a porta de minha casa é um carro, por que eu disse será? Se uma criança disser que é Napoleão, apenas por que disse será? As perguntas mostram o quão ridícula se torna a questão. Se apontam algo dizendo ser um objeto tal e, ao vê-lo, percebemos que o significado, o aspecto material e outros propriedades não correspondem, deveras é que fomos enganados, ou mesmo, quem disse, foi enganado, ou está enganado.

 

          Um aspecto desta situação é sobre o que estando em questão, no caso Anarquismo e Comunismo, usurpam para si tais nomes, porém sem cumprir com o que o nome carrega. Tem rótulo, todavia o conteúdo não corresponde. Este é o primeiro aspecto. O que se encaixa neste primeiro aspecto encontra-se, sobretudo a situação da China que se diz Comunista e a extinta URSS (União Soviética), de igual modo. Já o caso do Anarquismo o aspecto não é tão relevante. Logo, os que não sabem saberão o porquê.

          O segundo aspecto resume-se na ocasião de que quem se sente incomodado faz de tudo para denegrir. Quem oprime, oprime porque precisa do oprimido, portanto para o opressor não faz sentido desejar a libertação do oprimido, posto que sem o oprimido, sem o subjugado, com a falta da casta trabalhadora, sem o ser humano tratado como máquina do enriquecimento, enfim, o opressor não vive sem o oprimido. Precisa dele para se manter, para viver com seus bens supérfluos e ostentações. O opressor pensa e propaga que essa é a ordem natural do mundo e que tem que ser assim para que todos vivam em harmonia. Alguém em visto alguma harmonia? O que vejo através da história é que a situação está melhorando a cada revolução. O livro “ A origem da família, da propriedade privada e do Estado” de Engels ilustra bem a última afirmação.

    
         Você, caro leitor, acredita que os donos de empresas de comunicação como a Globo, Record, SBT entre outras desejam uma mídia democrática? Acreditam de fato que são imparciais? Acreditam mesmo que as tais poderosas não omitem notícias? Leiam o Jornal Brasil de Fato (Click na palavra) entre outros muito mais. Garanto que os que são alienados por essas poderosas empresas de mídia acharam estranhas e ficarão estupefatos diante de notícias que sequer imaginavam que acontecia. Notícias essas que, com omissões em detrimento de sua inteireza, até passam algumas vezes nos meios de comunicação, embora raramente. O quero dizer? Que os incomodados deturpam o que pode feri-los através do que podem. Meios de comunicação, Escolas, Livros, Leis, etc. Louis Althusser tem bastante a dizer sobre este assunto no seu livro “Aparelhos Ideológicos de Estados.”
 
          Uma das principais características do Comunismo, por exemplo, é que no mesmo não há espécie alguma de Governo. Ora, sendo esta uma característica fundamental do Comunismo, me responda você se tais países que se dizem comunistas, o são de fato. Depois de ter essa informação torna-se até risível pensar que tais países são comunistas.
        
        Sobre Anarquismo, o que costumam dizer é que são pessoas que não aceitam autoridades e que são desordeiros. Bom, até certo ponto se está correto, não aceitamos autoridades. Particularmente eu, Anarco-comunista, aceito autoridades, porém a autoridade que digo tem outra conotação que poderei explicar em outros textos. Anarquia significa ausência de coerção e não ausência de ordem. De modo algum pode significar ausência de ordem. Sem ordem como viveremos? Há muitas vertentes e interpretações no Anarquismo, porém convergem-se do Comunismo pelo motivo de que o Comunismo ainda aceitam uma tal de “ditadura do proletariado”. Algo de que discordamos frontalmente. O opressor, em minha opinião, também precisa ser liberto e, coagir-lo não combina com o conceito de anarquismo.
      
       Acredito que fiz uma introdução, através do que escrevi, para uma longa caminhada de reflexão para alguns. Uma introdução com objetivo de ao menos causar curiosidade. O educador deve estar imbuído deste objetivo: causar curiosidade. Este objetivo é meio para objetivos maiores. Faz com que o discente não dependa integralmente de um professor. O discente parte para uma viagem autônoma para a liberdade e reflexão própria, isto, no início até com certa diretividade do Educador.
Segundo Rudolf Rocker:
“Para o anarquista, a liberdade não é um conceito abstrato e filosófico, mas a possibilidade concreta essencial de todo ser humano desenvolver completamente todas as faculdades, as capacidades e as habilidades com as quais a natureza o dotou, e converte-las em valor social. Quanto menos esse desenvolvimento natural do homem for influenciado pela proteção política ou eclesiástica, mais eficiente e harmoniosa se tornará a personalidade humana, mais ela se tornará a medida da cultura da sociedade que foi desenvolvida.”
Obs.: Ponho-me contra todo tipo de violência, até mesmo para auto-defesa.

Escolas do país enfrentam desafio de garantir ensino religioso

http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5303993-EI8266,00-Escolas+do+pais+enfrentam+desafio+de+garantir+ensino+religioso.html

 

Além das operações matemáticas, das regras ortográficas e dos fatos históricos, os princípios e conceitos das principais religiões também devem ser discutidos em sala de aula. A Constituição Federal brasileira determina que a oferta do ensino religioso deve ser obrigatória nas escolas da rede pública de ensino fundamental, com matrícula facultativa – ou seja, cabe aos pais decidir se os filhos vão frequentar as aulas.

Pesquisas recentes e ações na Justiça questionam a inclusão da religião nas escolas, já que, desde a Constituição Federal de 1890,o Brasil é um país laico, ou seja, a população é livre para ter diferentes credos, mas as religiões devem estar afastadas do ordenamento oficial do Estado.

Apesar da obrigatoriedade, ainda não há uma diretriz curricular para todo o país que estabeleça o conteúdo a ser ensinado, de maneira a garantir uma abordagem plural sem caráter doutrinário. Outro problema é a falta de critérios nacionais para contratação de professores de religião. Hoje, o país conta com 425 mil docentes, formados em diversas áreas.

O ensino religioso está presente no Brasil desde o período colonial, com a chegada dos padres jesuítas de Portugal para catequizar os índios.

Atualmente, de acordo com a Constituição, a disciplina deve fazer parte da grade horária regular das escolas públicas de ensino fundamental. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) definiu que as unidades federativas são responsáveis por organizar a oferta, desde que seja observado o respeito à diversidade religiosa e proibida qualquer forma de proselitismo ou doutrinação.

“Alguns historiadores que tratam da participação da religião na vida pública mostram que o ensino religioso foi uma concessão à laicidade à época da Constituinte. Havia uma falsa presunção de que religião era importante para a formação do caráter, da vida e dos indivíduos participativos e bons. Essa é uma presunção que discrimina grupos que não professem nenhuma religião. Isso foi uma concessão à pressão dos grupos religiosos”, avalia a socióloga Debora Diniz, da Universidade de Brasília (UnB).

Debora é autora, junto com as pesquisadoras Tatiana Lionço e Vanessa Carrião, do livro Laicidade e Ensino Religioso, publicado no último semestre. O estudo investigou como o ensino religioso se configura no país e se as escolas garantem, na prática, espaços semelhantes para todos os credos, como preconiza a LDB. A conclusão é que não há igualdade de representação religiosa nas salas de aula.

“Ele é um ensino cristão, majoritariamente católico, e não há igualdade de representação religiosa com outros grupos, principalmente os minoritários”, destaca Debora.

Há mais de uma década acompanhando essa discussão, o Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso (Fonaper) reconhece que há muitos desafios para garantir a pluralidade. Mas defende que o conteúdo é importante para a formação dos alunos.

“Nós vislumbramos, desde a LDB, que o ensino religioso poderia assumir uma identidade bastante pedagógica, que fosse de fato uma disciplina como qualquer outra e que a escola pudesse contribuir para o conhecimento da diversidade religiosa de modo científico. O professor, independentemente do seu credo, estaria ajudando os alunos a conhecer o papel da religião na sociedade e a melhorar o relacionamento com as diferenças”, aponta o coordenador do Fonaper, Elcio Cecchetti.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o ensino religioso é oferecido apenas nas escolas estaduais. Nas unidades municipais, ainda não foi implantado, mas há um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Vereadores da capital fluminense que prevê a oferta nas cerca de mil escolas da rede, com frequência facultativa. A recepcionista Jussara Figueiredo Bezerra tem dois filhos que estudam em uma escola municipal da zona sul do Rio de Janeiro e acompanha com certo receio a discussão. Ela é evangélica e acredita que esses valores devem ser transmitidos em casa, pela família.

“Quem são os professores que vão dar as aulas de religião? Será que eles serão imparciais? Além disso, com tantas dificuldades e carências que o ensino público já enfrenta, por que gastar dinheiro com isso? Esses recursos poderiam ser usados de outra forma, para melhorar a estrutura já existente nas escolas. Quem quiser aprender mais sobre uma religião deve procurar uma igreja ou uma instituição religiosa”, opina.

Para quem lida na ponta com os delicados limites dessa questão, torna-se um desafio garantir um ensino religioso que contemple as diferentes experiências e crenças encontradas em uma sala de aula. “Nós preferiríamos que a oferta do ensino religioso não fosse obrigatória porque a escola é laica e deve respeitar todas as religiões. O que a gente quer é que os dirigentes possam utilizar essas aulas com um proveito muito melhor do que a doutrinação, abordando o respeito aos direitos humanos e à diversidade e a tolerância, conceitos que permeiam todas as religiões”, defende a presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho.

Atualmente, duas ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) questionam a oferta do ensino religioso no formato atual e aguardam julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma delas foi proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e questionao acordo firmado em 2009 entre o governo brasileiro e o Vaticano. O Artigo 11 desse documento, que foi aprovado pelo Congresso Nacional, determina que “o ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental”. Ao pautar o ensino religioso por doutrinas ligadas a igrejas, o acordo, na avaliação da PGR, afronta o princípio da laicidade

 

MPF-SP processa Rede TV e Igreja por declaração contra ateus

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5302946-EI306,00-MPFSP+processa+Rede+TV+e+igreja+por+declaracao+contra+ateus.html

 

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo moveu ação civil pública contra a emissoraRede TV! e a Igreja Internacional da Graça de Deus pela veiculação de mensagens ofensivas contra pessoas ateias. Nela, o órgão pediu que ambas se retratem no programa de onde partiu as declarações, bem como esclareçam à população sobre a diversidade religiosa e liberdade de crença no Brasil durante o dobro do tempo usado nas supostas ofensas.

Durante a edição do programa O Profeta da Nação de 10 de março, o apresentador disse: “Só quem acredita em Deus pode chegar pra frente. Quem não acredita em Deus pode ir pra bem longe de mim, porque a pessoa chega pra esse lado, a pessoa que não acredita em Deus, ela é perigosa. Ela mata, rouba e destrói. O ser humano que não acredita em Deus atrapalha qualquer um. Mas quem acredita em Deus está perto da felicidade.”

Segundo o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, as declarações ferem a Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ele afirmou o Brasil é um Estado laico e que a todos é assegurada a liberdade de crença religiosa, além da possibilidade de ser ateu e agnóstico.

O MPF também pediu que a Secretaria de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, instituição responsável pela regulamentação dos serviços de radiodifusão, fiscalize o programa e a emissora. Para o MPF, foi ferido um artigo do Regulamento dos Serviços de Radiofusão que obriga a subordinação dos conteúdos às finalidades educativas, informativas e culturais.

 

IMPORTANTE: Enquete sobre a realização do Congresso Humanista Secular do Brasil

Da Diretoria da LiHS

 

Prezados membros da LiHS,

Estamos pensando em organizar um congresso sobre humanismo secular no Brasil em 2012.
A ideia é termos um evento multidisciplinar de dois dias, voltado à divulgação dos ideais humanistas, com a presença de nomes importantes do movimento no Brasil e no exterior. Durante o evento, além das palestras e painéis, teríamos ainda uma festa de confraternização, encontros de membros, etc.

Como uma das primeiras coisas que precisamos fazer é estimar a quantidade de interessados, pensamos em pedir auxílio aos leitores do Bule e demais membros da LiHS para responder uma enquete simples – 4 perguntas – que não deve tomar mais do que alguns segundos do tempo de vocês.

Obrigado desde já por sua participação!

 

A pesquisa estará disponível em http://bulevoador.haaan.com/2011/08/25893/

Algumas considerações, antecipando comentários:

Por que Porto Alegre e não São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba ou minha cidade?
Além da vocação natural de Porto Alegre para abrigar eventos desse tipo (Fórum Social Mundial, Fórum de Software Livre, etc), um ponto importante é que muitas pessoas da LiHS, dispostas a organizar o evento, estão justamente em Porto Alegre. Isso facilitaria muito o trabalho.

Para próximos eventos, entretanto, pensaríamos em outros locais para beneficiar membros de todas as partes.

Por que o evento não é gratuito? Por que cobrar inscrições?
Apesar do desejo da diretoria da LiHS de um dia conseguirmos apoio de patrocinadores para viabilizar um evento como esse de forma gratuita hoje talvez não fosse possível viabilizar o evento sem ratear parte dos custos entre os participantes.

Quem serão os palestrantes? Qual o programa detalhado?
O programa está sendo montado pelo Conselho de Eventos da LiHS (CELiHS) e será disponibilizado no futuro, mas justamente precisamos definir os parâmetros macro do evento para poder refiná-los depois.