O que o amor tem a ver com a existência de Deus?

 
Autor: Jeronimo Freitas


Você é capaz de explicar o que é o amor? E quanto a Deus?
 

 
o que é o amor?
 
 
 Evolução do volume cerebral dos hominidae
 
O cérebro dos humanos triplicou de volume nos últimos dez milhões de anos de evolução da família hominidae. Ao estudá-lo vemos desfilar, diante de nós, do interior para o exterior, a história evolutiva dos vertebrados… Eu diria que o amor é um subproduto da evolução do cérebro dos mamíferos e é bem possível que nem todos os mamíferos consigam amar.
Eu tenho visto repetidas vezes, cristãos fazerem um paralelo entre a dificuldade que a maioria das pessoas tem em explicar o amor, com a impossibilidade da comprovação da existência de Deus. Muitos cristãos quando se encontram diante de argumentos racionais, que apontam para as incoerências factuais e intelectuais que questionam a existência de Deus, a hipótese de Deus, tendem a papagaiar esse argumento chave, que lhes é passado como um antídoto ao veneno da razão, durante os cultos religiosos. Eles então perguntam: Como você explica o amor? E esperam então “ouvir o silêncio” de seus oponentes. Após o silêncio, eles apregoam que Deus é tanto ou mais difícil de explicar quanto o amor. Ainda assim, dizem eles, não é por não sabermos explicar o que é o amor, que devamos acreditar que ele não exista. Por fim eles afirmam: Não é por não podermos explicar Deus, que vamos agora afirmar que Ele não exista.
 
Essa questão serve ao crente por duas razões. A razão direta, como acabo de descrever a cima, é a de fazer surgir um abismo os separando das respostas dadas por pessoas que tentam definir algo abstrato. Já a razão indireta, subliminar, é associar Deus diretamente ao Amor. Seria interessante ouvir de um fervoroso cristão o seguinte argumento, que tem o mesmo valor: Como você explica o pavor? E quando o silêncio viesse, ouvir eles falarem: Pois bem, você não pode explicar o pavor, mas ambos sabemos que ele existe. Deus é exatamente a mesma coisa. O raciocínio é o mesmo, porém a conotação subliminarmente da pergunta é negativa. Em minha opinião, tanto o amor quanto Deus, são tão somente sentimentos, tal qual o pavor ou a angustia. Eu poderia argumentar sobre a contra produtividade desse argumento, aludindo para o fato de que Deus, tal qual o amor, foi criado pela mente humana, em algum lugar do passado e, encontra-se localizado numa região específica do cérebro de alguns. Os cíclotrons modernos são capazes de produzir imagens do cérebro
relacionadas a respostas a estímulos específicos. Podemos detectar quando uma pessoa utiliza determinadas regiões do cérebro em resposta a um estímulo específico, como responder determinadas questões[1].


imagens eletronicas da atividade cerebral
 
Explicar o amor é sem dúvida uma tarefa muito difícil e a dificuldade aumenta na proporção direta à cultura geral do indivíduo que a confronta. Na verdade, explicar qualquer coisa fica difícil quando não se tem, e nem se busca ter, o conhecimento necessário para tanto e esse é inegavelmente um problema sério, que ocorre à maioria dos crentes[2]. A fé forma uma barreira que impede a maioria dos crentes de ler sobre os contra-argumentos do ceticismo à hipótese de deus. A curiosidade em aprender como funciona o mundo ao nosso redor tem sido suplantada em muita gente por uma preguiça intelectual que faz com que muitas pessoas optem por respostas prontas, que elas absorvem sem contestar.
 
Do ponto de vista evolutivo, o amor, nada mais é, que uma emoção, um sentimento, que pode ser analisado através de diferentes prismas como, por exemplo, a psicologia, a poesia, a espiritualidade, a sociologia, a química, a biologia, etc. Esse artigo foi escrito de maneira a dar uma introdução sobre o surgimento do amor, como estratégia evolutiva para a sobrevivência dos mamíferos. Nele eu tento simplificar o conceito de evolução, para que possa me fazer entender, por aquelas pessoas que não compreendem, ou que equivocadamente pensam compreender a teoria da evolução das espécies (TE)[3], através do processo de seleção natural (SN), postulada por Charles Darwin. Ele não pretende ser científico e eu vou tentar simplificá-lo ao máximo para que ele possa ser entendido por pessoas dos mais diversos níveis educacionais. 
 
A TE de Darwin, reúne fatos e evidências, debatidos, analisados e atestados por vários ramos da ciência. Eles demonstram como todas as espécies atuais de seres vivos sejam bactérias, algas, fungos, protozoários, merozoários, plantas e animais, evoluíram a partir de um único ancestral comum, não muito distinto das atuais bactérias. O processo de evolução começou a partir do surgimento desse primeiro ser vivo, a cerca de 3,5 bilhões de anos, e deu origem a todos os seres vivos atuais. A principal idéia da TE diz, grosso modo, que o código genético dos organismos vivos sofre pequenas alterações aleatórias ao longo do tempo (as mutações gênicas), que são transmitidas s gerações futuras através da reprodução.  Essas modificações genéticas podem, em alguns casos, alterar as características, físicas, fisiológicas e comportamentais do indivíduo. Entretanto a maior parte das mutações é inerte, não epresentando nem vantagens, nem desvantagens aos seus portadores.
Introdução à Teoria da Evolução através do processo de Seleção Natural.
 
As alterações genéticas que alteram, de maneira positiva, o modo de vida do indivíduo mutante, face aos seus  
competidores e aos desafios do meio ambiente, tendem a ser mantidas pela SN[4], pelo simples fato de que, por se tornarem mais aptos, esse indivíduos têm mais chance de sobreviverem e se reproduzirem, que o resto da população. Por isso, eles têm mais chance de transmitir essa alteração genética, a um número cada vez maior de indivíduos. Já as mutações que dificultam a vida do indivíduo, tendem a desaparecer com o tempo, justamente por tornarem seus portadores, menos aptos a sobreviverem e, por conseguinte, transmitirem suas características às gerações futuras.
 
Com o passar do tempo (dezenas, centenas ou milhares de gerações) as várias alterações sofridas pelo código genético dos indivíduos, membros de uma determinada população isolada de uma dada espécie, acumulam-se e modificam de tal maneira o material genético dentro da população, que esta se diferencia geneticamente do restante de indivíduos que compõe a espécie de origem[5]. Assim vemos essa população transformar-se em uma raça ou tribo, dentro da espécie, depois em uma sub-espécie,  daquela espécie, até se transformar em uma nova espécie que continuará a evoluir e poderá se transformar ao ponto de formar um novo gênero, família, ordem, classe, filo e reino. Mas onde é que entra o amor nessa história evolutiva?
 
Ao olharmos a história evolutiva dos seres vivos e analisamos os taxas[6] considerados mais primitivos ou antigos, vemos que o amor, assim como os outros sentimentos, é uma aquisição relativamente recente e inerente aos mamíferos. Bactérias, algas, plantas, fungos, protozoários, merozoários, os invertebrados como, as medusas e corais, ouriços e estrelas do mar, moluscos, vermes, crustáceos, insetos, aracnídeos, assim como os outros vertebrados, como os peixes, anfíbios e répteis, não sentem amor. Eu diria que o amor é um subproduto da evolução do cérebro dos mamíferos e é bem possível que nem todos os mamíferos consigam amar. Na história evolutiva das espécies, vemos um aumento da complexidade do sistema nervoso, que varia desde o aparecimento das primeiras células nervosas, passando por um conjunto arcaico de umas poucas células nervosas em seqüência até chegarmos à existência de um sistema nervoso central envolvido por um córtex composto por centenas de bilhões de neurônios interligados por alguns trilhões de conexões nervosas, as sinapses.


Introdução à evolução do cérebro humano.

anatomia comparada do encéfalo
O cérebro dos humanos triplicou de volume nos últimos dez milhões de anos de evolução da família
hominidae. Ao estudá-lo vemos desfilar, diante de nós, do interior para o exterior, a história evolutiva dos vertebrados. O texto abaixo em itálico foi retirado do artigo Evolução e pecado original,  escrito por Alex Altofer[7], ele resume bem a história evolutiva do nosso cérebro. 
“…A fisiologia do cérebro humano é claramente resultante da evolução. Nossa estrutura cerebral mais antiga é o cérebro reptílico, chamada assim por ser herança do tempo em que nossos ancestrais ainda eram répteis. O cérebro reptílico situa-se na base da nuca, e é constituído pelo tronco cerebral e o cerebelo.  Nós compartilhamos esta estrutura primitiva com todos os répteis e mamíferos. Aqui originam nossos instintos primordiais de autodefesa, sustentação alimentar e reprodução sexual. Aqui se encontram os impulsos mais primitivos de defesa territorial e agressão… sistema límbico, composto pela amígdala, o tálamo, o hipotálamo, o giro cingulado, a fórnix e o septo. Nós compartilhamos o sistema límbico com todos os mamíferos existentes, mas os répteis nunca adquiriram esta estrutura cerebral. Aqui originam as fortes emoções, como a paixão reprodutiva e o afeto pela prole. Vínculos familiares e a cooperação recíproca com outros da mesma espécie são possíveis graças ao cérebro paleo-mamífero.
 
Envolvendo o cérebro paleo-mamífero encontramos a parte maior e mais recentemente evoluída do cérebro humano, o cérebro neo-mamífero ou neocórtex. No neocórtex se encontram as funções executivas do cérebro, incluindo nossas faculdades racionais. Com o neocórtex somos capazes de utilizar linguagem simbólica, fazer cálculos matemáticos, antecipar eventos futuros, tomar decisões morais entre instintos conflitantes, e buscar o propósito de nossas vidas. É no neocórtex que se desenrola o ainda misterioso fenômeno da consciência.


cérebro by Nancy Margulies
 

O neocórtex contém cem bilhões de células nervosas, e é dividido em lobos frontal, parietal, temporal, e occipital. Aqui se destaca o lobo frontal, região mais evoluída nos grandes primatas, em especial no Homo sapiens sapiens. No lobo frontal encontramos o córtex pré-frontal, onde se encontra a circunvolução de Broca, área do cérebro humano que permite a linguagem falada.
 
Através da expansão do lobo frontal conseguimos aprimorar nossos instintos de empatia, altruísmo, e cooperação grupal de forma extraordinária. Descobrimos que fortes vínculos familiares são muito vantajosos. Isto nos ajudou a sobreviver em bandos de caçadores-coletores cada vez maiores, que gradualmente se tornaram tribos.
 
Instintos sociais negativos, tais como o egoísmo e a agressividade, também favoreceram a sobrevivência de indivíduos e grupos. Tais comportamentos negativos foram inicialmente vantajosos na defesa contra predadores de outras espécies, e posteriormente contra humanos de outros grupos competitivos. A necessidade de defesa contra ataques físicos, assim como a escassez de recursos alimentares, resultaram na seleção de fortes características competitivas. Desenvolvemos fortes comportamentos territoriais…”


 
Para que os mamíferos fossem capazes de desenvolver esse cérebro tão mais complexo que o das outras classes de animais, a SN os conduziu a uma estratégia reprodutiva que os fez desenvolver laços afetivos de família entre pais e filhos e muitas vezes entre parentes próximos ou mesmo membros de uma determinada população ou espécie. Para que o cérebro complexo dos mamíferos seja formado, a estratégia selecionada pela SN foi a de uma gestação interna relativamente longa. A gestação dos cães e gatos dura cerca de dois meses, mas os filhotes nascem ainda “cegos” e sem conseguir andar de imediato. Isso requer um cuidado especial por parte, sobre tudo, da mãe e algumas vezes do pai e das tias e tios, como nos lobos e leões. Esse tipo de comportamento é mais comumente encontrado entre as espécies predadoras que não estão tão ameaçadas de morte como suas presas. A SN levou os herbívoros (presas) a uma gestação geralmente mais longa, entre cerca de sete meses para os cervídeos, dez meses para os bovídeos e um ano para os eqüídeos. É claro que há uma miríade de sub-estratégias reprodutivas dentre os mamíferos. Os roedores como o coelho, os porquinhos da índia e os ratos, por exemplo, têm gestações muito curtas. Cerca de dois meses depois da fecundação, os filhotes já estão praticamente independentes, pois a evolução conduziu esses animais à estratégia de gerar crias numerosas em curto espaço de tempo, para que cerca de dez por cento destas, consigam chegar à idade adulta e reproduzirem-se. Já os elefantes, têm gestação de dois anos e geram um filhote a cada três ou quatro anos.

Os mamíferos formam uma classe recente na linha evolutiva. Se retrocedermos até as classes e os filos mais antigos, vemos largamente o tipo de estratégia onde o abandono da cria à própria sorte é, grosso modo, a regra geral. Corais, moluscos, equinodermos, anelídeos, crustáceos, insetos, e outros invertebrados, assim como os peixes, anfíbios e répteis, no caso dos vertebrados, “preferem” produzir vários ovos, escondê-los em lugar seguro e seguirem seu caminho. Os pais, geralmente, nunca conhecem os filhos. Apenas certos peixes, uns poucos répteis, como os crocodilos e, sobre tudo, as aves é que dedicam um pouco mais de cuidado aos ovos e às crias. Ainda assim essa dedicação é mínima, se comparada à dedicação que dão os mamíferos à sua progênie. Por tanto, no caso desses poucos grupos cuja estratégia reprodutiva consiste em dedicar energia e arriscar a própria vida para proteger seus descendentes, não seria estranho imaginar, que a SN tenha favorecido os indivíduos mais capazes para executar uma tarefa tão complexa e arriscada.  Indivíduos que melhor protegiam seus descendentes tinham mais chance de vê-los crescer e gerarem filhos que carregariam em seus genes a informação que codifica esse comportamento. Ao longo de milhões de anos de evolução, o cérebro dos mamíferos evoluiu ao ponto de acentuar qualidades comportamentais específicas e apropriadas a situações particulares. O medo, o prazer, a agressividade, a coragem, etc.


Australopitecus afarensis
 
Vamos pensar na realidade dos humanos que viviam nas savanas africanas, a dois milhões de anos atrás. Durante os nove meses de gestação a fêmea humana põe a própria vida em perigo. O bebê lhe “rouba” uma energia preciosa e difícil de ser conseguida e que ela, em situação ainda mais complicada, tem que conseguir quase que em dobro. Ela fica muito exposta e vulnerável aos ataques dos predadores e mesmo o simples parto pode matá-la. Depois do parto ela ainda terá que alimentar o bebê, com seu leite, tem que carregá-lo por dois ou três anos e dar-lhe parte da sua ração. Por isso, antes de se investir em tamanha empreitada, ela vai buscar se associar a um macho forte, inteligente, hábil e sadio e assim misturar seus genes aos genes de um vencedor. A história evolutiva através da SN fez com que as fêmeas mais aptas a escolherem os melhores machos, fossem aquelas mais aptas a passar seus genes à diante. Uma vez conquistado o melhor macho há ainda a necessidade de fazer um esforço sedutor, adicional para mantê-lo sempre por perto, para que dessa forma este a proteja e lhe traga comida. 
 
Com o passar das gerações a habilidade em escolher os melhores machos popularizou-se nas populações humanas. Podemos dizer que esse é o início do conceito do
sex apeal. As fêmeas também veriam aumentar as chances de sua progênie sobreviver se fossem ajudadas, pelo macho, a criar seus filhos. Notem que, do ponto de vista do macho, a coisa funciona de maneira um tanto quanto diferente. A estratégia mais eficiente para um macho propagar seus genes através das gerações é espalhá-los pela maior quantidade possível de fêmeas. Não importa se elas pareçam saudáveis ou inteligentes. Se eles fecundam quinze fêmeas eles aumentam a possibilidade de que um de seus filhos chegue à idade de reprodução. Por isso não é interessante para um macho, guardar fidelidade a uma única fêmea. Entretanto, a SN fez com que a colaboração social se tornasse a estratégia de sobrevivência comum à boa parte dos mamíferos e sobre tudo aos primatas. Ao longo de milhares de anos foram selecionados os indivíduos mais aptos a seduzir, a manter laços de amizade, a protegerem suas crias, seus parceiros, sua família e seus amigos.
Richard Dawkins[8], em seu livro, O Gene Egoísta, nos chama a atenção para o fato de que nós tendemos a ser bairristas e em caso de conflito tomarmos partido de acordo com a seguinte lógica. Defendemos nossa família direta face à nossa família indireta. Nossa família indireta face aos nossos vizinhos. Nossos vizinhos face às outras pessoas do nosso bairro. As outras pessoas do nosso bairro, face às pessoas de outro bairro, e por aí vai. Nossa cidade face à população do nosso estado. Nosso estado face ao país. Nosso país face ao continente, etc. Porque isso? Por afinidade genética. Essa afinidade genética consiste na maior probabilidade de encontramos genes semelhantes aos nossos, distribuídos entre os membros da nossa família, vizinhança, cidade, estado, país, etc. No passado as populações eram mais coesas e a probabilidade de achar um parente próximo nas cercanias, era maior de que achá-lo num outro povoado.
 
Certas, mutações, patologias ou lesões cerebrais podem inabilitar o indivíduo a amar ou diminuir substancialmente essa capacidade. Do ponto de vista evolutivo, o amor é mais ou menos isso: a evolução, através de um processo de SN que durou milhões de anos, de cérebros, que carregam em sua complexidade, e em meio a outras emoções, um sentimento que denota uma afinidade genética que impele o individuo a proteger seus filhos, irmãos, família, etc, tentando assim aumentar a possibilidade de que a maior quantidade possível dos seus genes, ou genes o mais semelhantes possível aos seus, venham a ser propagados às gerações futuras. A SN também potencializou a capacidade, desenvolvida ao longo de milhares de anos, em seduzir, conquistar, agradar e manter unidos os indivíduos com os quais queremos misturar o nosso patrimônio genético. 


 
[2] Nunca é demais lembrar que o termo crente quer dizer, aquele que crê em divindades e não apenas o cristão
protestante, como se costuma dizer no Brasil.
 [4] As mutações genéticas ocorrem de forma aleatória e são causadas por vários fatores, como por exemplo a  
radiação ou a infecção viral. Elas podem também ocorrer devido a erros de transcrição, entre outros fatores. Já o processo de SN não é nada aleatório. Ele é simplesmente a resultante probabilística da competição pela sobrevivência comum aos seres vivos, potencializada pelas características específicas que sejam mais apropriadas a um determinado fim.
 5] O processo é bem mais complexo, pois não é apenas a população isolada, em uma ilha, por exemplo, do restante dos membros do grupo que compõe a espécie, que sofre as mutações. O restante dos indivíduos do grupo, no continente, por exemplo, também continua sofrendo mutações gênicas, que também fazem com que eles se distanciem, geneticamente, do grupo isolado. Porém a especiação no grupo continental é mais lenta, por conta do maior número de indivíduos que o compõe e do maior fluxo gênico nesse grupo.
 

O Mundo Assombrado Pelos Demonios – A ciência vista como uma vela na escuridão, Carl Sagan

O Mundo Assombrado Pelos Demonios – A ciência vista como uma vela na escuridão, Carl Sagan

 

Acho que não há nada que se possa falar deste livro, que já não tenha sido dito. Uma obra seminal, de um autor prá lá de genial, reconhecido mesmo por seus adversários como um grande homem, uma grande mente, um grande cientista, Carl Sagan.

 

Este é um livro que deve ser responsável pela “partida” de muitos céticos, ateus, humanistas, e pessoas de mente livre, que tiveram seu primeiro contato com a argumentação precisa, capacidade de criar exemplos e argumentos, e um estilo agradável e fino de escrita.

 

Descobri, quando procurava um link para uma resposta no Bule, que este livro está em oferta na Submarino, por meros 19,90 reais. Se alguém não tem este livro, compre, se tem, talvez queira comprar e dar de presente para alguém que mereça..:-)

 

http://www.submarino.com.br/produto/1/1478553/mundo+assombrado+pelos+demonios,+o

 

Ele vale cada centavo, na verdade, vale centenas de reais, e é uma das melhores leituras que já tive na vida.

 

Homero