Ateísmo não é modismo
Dizer que uma pessoa se declara ateia “só para estar na moda” é dizer que a pessoa, na verdade, é crente, mas se diz ateia só para estar na moda. Portanto esses volúveis são crentes.
Correndo o risco de ser simplista, eu diria que só existem 3 posicionamentos diante desta questão teológica: ser crente, ser ateu e ser agnóstico. Esta última posição eu subdividiria em duas: ser agnóstico por conhecer as dificuldades de tomar uma posição e ser agnóstico por completa ignorância (como é o caso das crianças pequenas).
Agora, a pessoa que resolve dizer que é ateia “por modismo” estaria originalmente em qual categoria?
Não seria o ateu, certamente, pois já é ateu.
Acho difícil que seja um crente, pois haveria um choque muito grande entre suas convicções e sua pretensa fachada de ateu.
Sobram os agnósticos. Um agnóstico que reconhece a insuficiência de provas e razões para se posicionar, talvez não queira se posicionar só por moda.
Resta o agnóstico por pura ignorância, aquele que só não se posicionou diante das questões teológicas porque nunca pensou sobre elas, aquele que tem dificuldade de pensar ou pura preguiça. Esse eu acho que seja o mais provável candidato a se passar por ateu para “estar na moda”.
Cá entre nós, moda que não existe. O que existe é uma confusão dos crentes entre o que é moda e o que é estar em evidência (no caso, ateus que resolveram sair do armário e por isso aparecem mais).