Comunismo e Anarquismo

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       Por que Comunismo e Anarquismo são tão mal interpretados? Algumas respostas que posso dar de imediato são que:

     No processo histórico, certos grupos apresentaram-se como Anarquistas e Comunistas e foram protagonistas de eventos ignominiosos que não condizem com as propostas de tais movimentos.

       Para se ter uma noção, por exemplo, a própria China, que se diz Comunista e a extinta URSS (União Soviética), nunca foram Comunistas. Você pode me perguntar caro leitor: Como não são? Pergunto-lhe: se de um dia para outro eu começar a dizer que a porta de minha casa é um carro, por que eu disse será? Se uma criança disser que é Napoleão, apenas por que disse será? As perguntas mostram o quão ridícula se torna a questão. Se apontam algo dizendo ser um objeto tal e, ao vê-lo, percebemos que o significado, o aspecto material e outros propriedades não correspondem, deveras é que fomos enganados, ou mesmo, quem disse, foi enganado, ou está enganado.

 

          Um aspecto desta situação é sobre o que estando em questão, no caso Anarquismo e Comunismo, usurpam para si tais nomes, porém sem cumprir com o que o nome carrega. Tem rótulo, todavia o conteúdo não corresponde. Este é o primeiro aspecto. O que se encaixa neste primeiro aspecto encontra-se, sobretudo a situação da China que se diz Comunista e a extinta URSS (União Soviética), de igual modo. Já o caso do Anarquismo o aspecto não é tão relevante. Logo, os que não sabem saberão o porquê.

          O segundo aspecto resume-se na ocasião de que quem se sente incomodado faz de tudo para denegrir. Quem oprime, oprime porque precisa do oprimido, portanto para o opressor não faz sentido desejar a libertação do oprimido, posto que sem o oprimido, sem o subjugado, com a falta da casta trabalhadora, sem o ser humano tratado como máquina do enriquecimento, enfim, o opressor não vive sem o oprimido. Precisa dele para se manter, para viver com seus bens supérfluos e ostentações. O opressor pensa e propaga que essa é a ordem natural do mundo e que tem que ser assim para que todos vivam em harmonia. Alguém em visto alguma harmonia? O que vejo através da história é que a situação está melhorando a cada revolução. O livro “ A origem da família, da propriedade privada e do Estado” de Engels ilustra bem a última afirmação.

    
         Você, caro leitor, acredita que os donos de empresas de comunicação como a Globo, Record, SBT entre outras desejam uma mídia democrática? Acreditam de fato que são imparciais? Acreditam mesmo que as tais poderosas não omitem notícias? Leiam o Jornal Brasil de Fato (Click na palavra) entre outros muito mais. Garanto que os que são alienados por essas poderosas empresas de mídia acharam estranhas e ficarão estupefatos diante de notícias que sequer imaginavam que acontecia. Notícias essas que, com omissões em detrimento de sua inteireza, até passam algumas vezes nos meios de comunicação, embora raramente. O quero dizer? Que os incomodados deturpam o que pode feri-los através do que podem. Meios de comunicação, Escolas, Livros, Leis, etc. Louis Althusser tem bastante a dizer sobre este assunto no seu livro “Aparelhos Ideológicos de Estados.”
 
          Uma das principais características do Comunismo, por exemplo, é que no mesmo não há espécie alguma de Governo. Ora, sendo esta uma característica fundamental do Comunismo, me responda você se tais países que se dizem comunistas, o são de fato. Depois de ter essa informação torna-se até risível pensar que tais países são comunistas.
        
        Sobre Anarquismo, o que costumam dizer é que são pessoas que não aceitam autoridades e que são desordeiros. Bom, até certo ponto se está correto, não aceitamos autoridades. Particularmente eu, Anarco-comunista, aceito autoridades, porém a autoridade que digo tem outra conotação que poderei explicar em outros textos. Anarquia significa ausência de coerção e não ausência de ordem. De modo algum pode significar ausência de ordem. Sem ordem como viveremos? Há muitas vertentes e interpretações no Anarquismo, porém convergem-se do Comunismo pelo motivo de que o Comunismo ainda aceitam uma tal de “ditadura do proletariado”. Algo de que discordamos frontalmente. O opressor, em minha opinião, também precisa ser liberto e, coagir-lo não combina com o conceito de anarquismo.
      
       Acredito que fiz uma introdução, através do que escrevi, para uma longa caminhada de reflexão para alguns. Uma introdução com objetivo de ao menos causar curiosidade. O educador deve estar imbuído deste objetivo: causar curiosidade. Este objetivo é meio para objetivos maiores. Faz com que o discente não dependa integralmente de um professor. O discente parte para uma viagem autônoma para a liberdade e reflexão própria, isto, no início até com certa diretividade do Educador.
Segundo Rudolf Rocker:
“Para o anarquista, a liberdade não é um conceito abstrato e filosófico, mas a possibilidade concreta essencial de todo ser humano desenvolver completamente todas as faculdades, as capacidades e as habilidades com as quais a natureza o dotou, e converte-las em valor social. Quanto menos esse desenvolvimento natural do homem for influenciado pela proteção política ou eclesiástica, mais eficiente e harmoniosa se tornará a personalidade humana, mais ela se tornará a medida da cultura da sociedade que foi desenvolvida.”
Obs.: Ponho-me contra todo tipo de violência, até mesmo para auto-defesa.

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