Conselho de Assuntos Femininos da LiHS agora é Conselho Feminista

Autoria: Vanessa Prates, presidente do CoFem (Conselho Feminista da LiHS)

Rosa Parks, uma de nossas inspirações
Quando esse Conselho nos foi oferecido,
há mais ou menos um ano, ainda sentíamos muita resistência ao feminismo
aqui pelas bandas da LiHS. Era notório como os participantes tinham um
pé atrás não só com as feministas, mas com a própria palavra feminismo
(talvez por desconhecer o próprio feminismo e também por não sacar que
todo humanista é obrigatoriamente feminista) . Backlash explica!
Só que como boas ocupadoras de espaços, não recusamos a oferta. Ou pegávamos ou pegávamos.
Acabamos aceitando sem
muito pensar no nome mais apropriado – e naquilo que de fato
desejávamos. E talvez pela falta de disposição de uma conversa mais
séria, finalizamos em Conselho para Assunto Femininos.
Obviamente que não se
tratava de dicas de maquiagem, receitas ou melhores posições para o sexo
(rs). O espaço buscava informar, conscientizar e debater a existência
do machismo na nossa sociedade, assim como maneiras de
intervenção/atuação direta e/ou indiretamente através do nosso Conselho.
Daí vocês podem me perguntar: Mas por que essa mudança agora? Qual a diferença entre Conselho para Assuntos Femininos e Conselho Feminista?
Na prática, nenhuma. A
diferença é mais na questão conceitual, já que o feminino não precisa,
necessariamente, estar atrelado à MULHER – e a figura mulher. A ideia de
feminino lembra automaticamente o masculino, e isso nos remete a um
binarismo. Sem dizer que comportamentos entendidos como autenticamente
femininos (normas de gênero) nos são reforçados a todo tempo através da
nossa cultura – verdadeiros agentes de opressão, já que é praticamente
inquestionável uma mulher não ser feminina ou mesmo um homem ser
feminino (com toda complexidade que o feminino representa).
E depois, nossa sociedade
é plural. Temos mulheres não femininas. Temos homens femininos. Temos
mulheres com pênis. Temos homens com vulva, etc.
Ademais, quando falamos
de feminismo, num sentido político/filosófico, falamos de um movimento
onde pessoas buscam um mundo socialmente igualitário para tod@s – homens
e mulheres. E como nosso Conselho representa pessoas feministas na sua
pluralidade (femininas, masculinas, andróginas, intersexuais), nada mais
pertinente que nomeá-lo enquanto tal.
 O debate deve ser amplo e pra tod@s!
 “Se não posso dançar, não é minha revolução” – Emma Goldman

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