Pré-Conferência LGBT no Rio e exposição sobre 10 Grandes Problemas da Bíblia na Igreja Ecumênica de Copacabana (veja o “Comentário deste Blogueiro” no final do post

14 Órgãos do Estado do RJ representados na Pré-Conferência LGBT do Rio neste domingo

Com Jean Willys, conferência discute o movimento homossexual


Com a finalidade de propor diretrizes para a implantação de políticas públicas de enfrentamento à discriminação sexual e de promoção da cidadania plena de LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), foram realizadas, neste fim de semana, pré-conferências regionais nos municípios de Niterói, Macaé, Angra dos Reis e de Janeiro.

Na capital, o evento foi na Academia de Polícia (Acadepol), no Centro da cidade, com a presença de secretários estaduais, da chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, policiais civis e militares e representantes da Guarda Municipal.

Os organizadores ressaltaram a importância histórica de o encontro carioca ser no auditório Delegado Mirabeau Souto Uchôa da Acadepol, uma instituição policial tradicional. Segundo o presidente do evento e superintendente de Direitos Individuais Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento, este marco demonstra como o movimento avançou no estado.

“O Rio de Janeiro foi o estado brasileiro que mais conquistas conseguiu nos últimos quatro anos”, completou Nascimento, destacando o reconhecimento pelo STF da união estável entre pessoas do mesmo sexo ao analisar uma proposta do governador Sérgio Cabral.

Academia de Polícia recebeu encontro que discotiu o movimento LGBTAcademia de Polícia recebeu encontro que discutiu o movimento LGBTDepois de abertura, a pré-conferência seguiu com uma programação de dois painéis de debates: Políticas Públicas e Direitos para LGBT e Panorama Nacional/Estadual e Panorama Regional. Segundo o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, a maior luta nesta nova etapa do movimento será a aprovação da lei federal contra a homofobia.

“No Brasil, o racismo hoje é crime e, com a Lei Maria da Penha, a violência também pode dar cadeia aos covardes que agridem mulheres. Infelizmente, a violência à população LGBT ainda não está escrita num marco jurídico como crime, o que é necessário para construção de uma sociedade generosa que respeite os direitos humanos e a diversidade”, argumentou Neves.

Causa que o deputado federal e militante do movimento, Jean Willys, abraçou como uma das prioridades de seu mandato, segundo contou depois de participar da abertura do evento. Segundo ele, a conferência é o fórum ideal para o movimento regional apresentar demandas que, depois, possam se transformar em políticas públicas elaboradas pelos governos estadual e municipal.

“Um encontro com esta importância não pode prescindir da presença do Legislativo. Por isso, vim participar. Qualquer política pública precisa ser elaborada em articulação das demandas e desafios próprios do movimento com as proposições legislativas”, explicou o deputado.

Também estiveram presentes na Acadepol o secretário do Ambiente, Carlos Minc, a subsecretária de Ensino e programa de Prevenção da Secretaria de Segurança, Juliana Barroso, a chefe da Policia Civil, delegada Martha Rocha, e o coordenador especial de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, Carlos Tufversson, entre outros.

As reuniões no estado do Rio preparam pautas para a Conferência Nacional LGBT, em dezembro, em Brasília. Ainda em novembro, será realizada uma conferência estadual, que terá como objetivo conjugar todas as propostas regionais.

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COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO

A pré-conferência foi um sucesso, apesar do atraso de mais de duas horas para começar. A justificativa dada foi a falta de quorum mínimo no auditório. De qualquer modo, isso fez com que os grupos só se reunissem depois do almoço, por volta de 14h. Como eu tinha um entrevista marcada com uma escritora e jornalista que vinha de São Paulo só para colher informações para seu novo livro, não pude ficar para o trabalho dos grupos. Posso dizer, porém, que a mesa de abertura foi uma verdadeira aula de cidadania, de propostas e de prestação de contas.

Já em Copacabana para a entrevista, Marília e eu nos sentamos no Cafeína para um delicioso lanche da tarde enquanto conversávamos. Ela gravou tudo, porque seria impossível copiar. 🙂 A conversa foi de  alguns minutos antes das 15h até às 17:30. O tempo voou. De lá, ela partiu para encontrar o Pr. Márcio Retamero, responsável pela Comunidade Betel em Botafogo por indicação minha. Enquanto isso, eu fui para a Igreja Ecumênica de Copacabana, dirigida pelo Pr. Alexandre e pelo Pr. José, onde falei sobre  “Os 10 Grandes Problemas da Bíblia”. Esse convite foi feito em função das comemorações da semana da Bíblia no calendário católico. Colocarei em novo post os pontos que abordei lá. Claro que não poderei escrever tudo o que disse, porque além da exposição, houve um “chat” em roda depois que o culto da igreja terminou. Ao todo fiquei com eles cerca de quatro produtivas e deliciosas horas. Não sei como aquele povo lindo, carinhoso e acolhedor teve tanto interesse e paciência. Sem falar que vários deles haviam comprado e lido meu livro da última vez que fui lá.

Foi um domingo só de trabalho, mas também de muitos avanços para os direitos LGBT e para o esclarecimento racionalista. Agora, é enfrentar essa nova semana com garra e alegria. De que outra maneira, então? 

Abraço a todos e todas!!!
P.S.: Luiz Henrique (colaborador do Bule Voador), adorei te conhecer pessoalmente lá na pré-conferência. Parabéns pela pesquisa de mestrado que você vem fazendo! 

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