Saga: Religião não faz mal I

Já disse em outros posts que acredito que a imposição da religião (e qualquer outra crença ou ideologia) de várias pessoas sobre outras é algo maléfico, e tem que acabar. Cada ser vivo tem o direito de fazer mal a si mesmo, acreditar nas besteiras que quiser, mas não tem o direito de impo-lás a ninguém. Porém não é isso que vemos mundo afora, há milênios!

Atrocidades em nome do “meu deus”, da “minha religião”, são cometidas sem fim por anos e anos. E pior, não vão parar tão cedo _ eu acredito, aliás, que nunca vão parar.

Por isso criarei mais uma galeria no meu blog, é uma saga sangrenta e absurda, chamarei-a ironicamente de: Religião não faz mal seguida do capítulo.

Libertas Quæ Sera Tamen

Não acredito em liberdade de escolha, sim, somos limitados pelos sistema e pelas outras pessoas o tempo todo. “Grande liberdade” a escolha entre o preto e o branco, o leite integral ou o desnatado, café com açucar ou adoçante, chopp com ou sem espuma…

Lembrei agora do filme O Discurso do Rei, um pouco antes de fazer seu discurso, Bertie (Colin Firth) reclama consigo mesmo:

Sabe, se eu sou rei,
onde está o meu poder?
Posso, posso formar um governo?
Posso, posso…
criar um imposto?
Declarar guerra? Não.
Mas sou o centro de toda
autoridade. Por quê? Porque…
a nação acredita que quando eu…
eu falo, eu falo por eles.
Mas eu não consigo falar.

[Não rei da Inglaterra, nem você tem a liberdade de poder fazer o que quiser…]

Vamos lutar pelas migalhas que são jogadas a nós, pelo arremedo de escolhas que nos temos!

Religião não faz mal I

Irmã diz ter visto pais ‘sufocarem’ filha de 17 anos até a morte

G1,

Os pais de uma adolescente britânica morta em 2003 estão sendo acusados pela morte da jovem, e a irmã é apontada como a principal testemunha do crime.

Segundo a Promotoria de Cheshire, norte da Inglaterra, a irmã de Shafilea Ahmed testemunhou a morte. A causa apontada do crime eram os hábitos ocidentais de Shafilea – os pais queriam que Shafilea aceitasse um casamento arranjado com um paquistanês, mas ela se recusava e queria namorar e se tornar uma advogada.

Os pais de Shafilea, Iftikhar e Farzana Ahmed, negam o crime. Eles foram indiciados e estão sendo julgados.

Shafilea desapareceu em setembro de 2003, e seu corpo foi encontrado cinco meses depois em avançado estado de decomposição, em um rio localizado a 12 km de distância da casa da jovem.

Em discurso ao júri do caso, o promotor Andrew Edis disse que a irmã mais nova de Shafilea, Alesha, viu os pais sufocarem a menina com uma sacola em sua boca. Depois, viu eles com sacos e fita isolante, dando a entender que eles planejavam esconder o corpo.

Ocidentalizada

Edis descreveu Shafilea como uma jovem que sonhava em cursar a universidade e em ter namorados, ‘como outras garotas de sua idade’. Segundo ele, porém, os pais da garota respondiam a esses anseios com violência, na tentativa de forçá-la a um estilo de vida mais tradicional.

Um poema atribuído à jovem e lido na corte diz: ‘Só queria me encaixar, mas minha cultura é diferente; mas minha família ignorou’.

Shafilea chegou a ser mandada à casa dos avós, em uma região rural do Paquistão, aparentemente para se casar, mas ingeriu água sanitária. Foi levada de volta à Grã-Bretanha para tratamento.

A Promotoria diz que ela bebeu água sanitária ‘num ato de desespero’ para evitar ser casada à força. Já a defesa alega que a ingestão ocorreu por engano e que Shafilea pensou se tratar de um produto de limpeza bucal.

Depois de meses internada, ela teria retomado seu estilo de vida ‘ocidentalizado’, o que, segundo a Promotoria, ‘entrava em conflito com o conceito de vergonha e honra de seus pais’.

A adolescente foi vista viva pela última vez em 11 de setembro de 2003, quando sua mãe a buscou na escola.

Seu desaparecimento não foi reportado à polícia pelos pais, mas sim por uma professora de Shafilea, que teria ouvido falar que a irmã da jovem, Alesha, havia confessado a amigos que o crime fora cometido pelos pais.

Alesha, porém, logo negou ter dito isso. Os pais alegaram não saber do paradeiro de Shafilea.

‘Confissão’

O caso avançou pouco nos anos seguintes. A Promotoria diz que Alesha não falou sobre o ocorrido durante sete anos, até que foi presa por ter participado de um roubo à casa dos próprios pais.

Na ocasião, ela teria confessado à polícia que seus pais ‘agiram em conjunto’ para matar a irmã.
Alesha deverá ser chamada para testemunhar perante a corte.

O júri do caso também ouviu da Promotoria que a polícia colocou escutas na casa da família Ahmed, após o desaparecimento de Alesha, e gravou Iftikhar falar a seus outros quatro filhos que eles ‘não deveriam comentar nada na escola, ou haveria problemas sérios’.

[E que ninguém se atreva a dizer que este caso em nada tenha a ver com a religião dos pais… Alá os perdoe lol]

Lamentamos muito…

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