Sobre Preconceitos e Culpa

“Você tem que acreditar em Deus”. ”Você tem que ter fé”. “Você tem que ter uma religião”. Pessoas ouvem frases desse tipo desde cedo, antes mesmo de poder compreender o que significam. Em alguns casos isso é martelado de forma incessante por pais e pela própria sociedade para garantir que aquela alma estará no caminho divino. E o resultado dessa imposição forçada costuma gerar dois tipos de indivíduos. Continua…

 

 

Você sabia que, ao contrário do que pensamos, a Igreja Católica nem sempre condenou o aborto? A interrupção da gravidez só se tornou pecado em 1869, por causa de um acordo entre o papa Pio 9º e o imperador francês Napoleão 3º.

E isso aconteceu porque a França passava por uma crise de baixa natalidade que incomodava os planos de industrialização do governante. Então, motivado por questões políticas, o papa disse para a população que a partir daquele momento o aborto – em qualquer fase da gravidez– era pecado.

Até aquele ano, a Igreja oscilava entre condenar ou admitir o aborto em certas fases da gravidez de acordo com o contexto histórico. No entanto, a discussão sobre qual é o momento em que o feto pode ser considerado um ser humano sempre existiu. Santo Agostinho, por exemplo, defendia no século 4 que só 40 dias após a fecundação o embrião se tornava uma pessoa.