Olhando as entradas do twitter do Bule e vi um convite para votar em Christopher Hitchens como pessoa influente.
Entrei no link, votei, e fiquei contente em saber que ele está na 8º posição, na frente de muita gente. Mas é um tanto triste constatar que a Beyoncé e a Lady Gada estão na frente dele, em 4º e 7º lugar respectivamente..:-/
Se alguém quiser ajudar o Christopher a passar Lady Gaga e Beyoncé, este é o link:
Quase não é necessário dizer mais nada, analisar mais nada. Uma religião, uma fé, que separa famílias, que faz com que um irmão se recuse a dar a mão a outro, alegando ser este um “kafir (descrente) sujo”, diz tudo e diz o suficiente.
Nada separa tão bem, tão perfeitamente, por tanto tempo, quanto a crença sobre ser mais “especial”, mais próximo a “deus” que os outros.
Fico sempre muito triste ao ler notícias assim. E penso em quanto o esforço dos não religiosos é importante e necessário.
O site é, basicamente, uma sequencia de fotos de moças com os seios de fora, e frases sobre ateísmo diversas. É uma boa diversão, mas não recomendada para o ambiente de trabalho, portanto uma certa cautela é necessária.
Uma das imagens que achei interessante foi este gráfico dos “poderes de deus”, que vem decaindo vergonhosamente com o tempo:
Já não se fazem mais deuses como antigamente (graças a deus..:-).
“Igreja transfere padre que defende uso da camisinha.
Abrigo de jovens contaminados pelo HIV, mantido por religioso, pode fechar. Igreja não comenta transferência para a Itália nem a solicitação para retirada de um abrigo da paróquia.
Mais um exemplo do adágio: pessoas boas farão coisas boas, independente de religião, pessoas más farão coisas más, independente de religião, mas para que pessoas boas façam coisas más, é preciso religião.
Não duvido que a arquidiocese e os bispos que estão transferindo o padre pensem estar agindo para o “bem”, mas o efeito é daninho, cruel, mesquinho.
Homero
Abaixo o artigo completo, para quem não tem acesso a Folha:
Igreja transfere padre que defende uso da camisinha
Abrigo de jovens contaminados pelo HIV, mantido por religioso, pode fechar
Igreja não comenta transferência para a Itália nem a solicitação para retirada de um abrigo da paróquia
Rivaldo Gomes/Folhapress
Pe. Valeriano e uma das crianças atendidas na Casa Siloé
FABIANA CAMBRICOLI DO “AGORA”
Defensor público do uso da camisinha, o padre Valeriano Paitoni, 61, está sendo obrigado a voltar para Itália após receber ordem de seus superiores na Igreja Católica. Há 33 anos na zona norte de São Paulo, o padre ganhou notoriedade em 2000 quando passou a defender a utilização de preservativos como forma de combater o vírus da Aids -opondo-se às orientações do Vaticano. Esse posicionamento público -que ainda defende- causou irritação em parte da cúpula da igreja em SP. A transferência ameaça parte da obra mantida por ele: três abrigos para crianças e jovens contaminados com o vírus da Aids. No início do ano, o religioso diz ter sido comunicado por sua congregação -Instituto Missões Consolata- de que havia sido designado para uma missão na Itália. Após reações negativas da comunidade, o coordenador do Instituto no Brasil convocou uma reunião para a última quinta-feira com a comunidade. No encontro, porém, a decisão foi reafirmada. Quase simultaneamente, a Arquidiocese de São Paulo, dona do imóvel onde estão a paróquia Nossa Senhora de Fátima do Imirim (Paitoni é padre ajudante) e de um dos abrigos (a Casa Siloé), anunciou que este teria de deixar o local, conforme contrato. “Não me deram motivos válidos [para que a casa saia do espaço]. Se eles tivessem uma finalidade para o local, eu seria o primeiro a procurar outro espaço”, afirma. Segundo fiéis, a arquidiocese argumenta que um projeto social mantido por uma entidade não pode ocupar o espaço da paróquia. Os motivos dados pela igreja, porém, não convencem o padre e os fiéis. Para eles, as decisões seriam uma espécie de retaliação da instituição. “A maioria já perdeu os pais. Sei que a norma do instituto prevê transferências, mas a Igreja não pode colocar a regra acima da pessoa e do diálogo”, diz o religioso.
CRIANÇAS Os irmãos Paula e Tiago (nomes fictícios), de 11 e 13 anos, chegaram na Casa Siloé quando ainda eram bebês. Contaminados na gestação, perderam a mãe e foram abandonados pelo pai. Na casa de apoio, dizem ter encontrado uma família. O local mal parece um abrigo. Tem quartos para no máximo três crianças. Há videogame, TV e computador. “São as tias que cuidam da gente e o padre [que a gente mais gosta]. É como se fosse um pai para mim”, diz Tiago.