A terra não precisa ser educada: o homem sim!
Enchentes, tsunamis, furacões, deslizamentos de encostas, degelos, entre outros fenômenos, para o ser humano, a cada manifestação destes fenômenos, as perdas podem ser inestimáveis, tanto materiais quanto em valores e apegos mais abstratos. Vive-se cada vez mais uma tensão apocalíptica. No entanto existem soluções viáveis para que haja uma guinada a um horizonte distante do fim.
Em um texto recente o filósofo, teólogo e ecólogo Leonardo Boff disse que a terra não precisa ser cuidada, pois ela cuida de si mesma, que possui mecanismos para auto-regenerar-se. Boff, com dados científicos informa também que a terra precisaria de um descanso de um ano e meio sem a intervenção humana para que voltasse a um ideal sadio, a sua plena forma como natureza que deveria ser, salvo é claro, espécies que já entraram em extinção. Do retorno destes animais extintos a ciência já está cuidando, é tema para outro texto.
Sendo assim, portanto seria lógico afirmar que o que precisa ser transformado, este: o ser humano e seus hábitos culturais, sua maneira de produção, sua forma de eliminar os seus lixos e inclusive, mudar a maneira que produz seus lixos, etc. O consumismo, que influencia na produção de cada vez mais bens supérfluos e que por sua vez gera mais e mais lixos, que, aliás, demoram a ser degradados na natureza, sim, deve haver se não o fim desta maldição e nova configuração sociológica que é o consumismo, ao menos uma diminuição significativa deste horrendo hábito cultural.
Referente ainda ao consumismo, vale citar que o asceta e pacifista indiano, Mahatma Gandhi, nos ensina que “Cada dia a natureza produz o suficiente para as nossas carências. Se cada um lhe tomasse o que fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.” Hoje em dia, além da fome e da pobreza, o lixo gerado por um desenfreado consumismo é enorme e acaba que resulta em efeitos na terra em que homem tem, agora, que arcar com suas conseqüências. No entanto, através de uma educação focada no bem comum, na igualdade e na fraternidade, prezando também a liberdade e uma democracia eficaz, é que transformarão os hábitos culturais prejudiciais a natureza, tão logo, a humanidade.
Assim, com um esforço humanista indomável, um potencial que temos, com respeito ao próximo, e de dedicação poderemos evitar tragédia e, além do mais, não deixa de ser uma bela oportunidade de evolução do comportamento humano. Não devemos nos alegrar com apenas uma evolução científica, devemos e podemos, sim, podemos nos tornar cada vez mais humanos, recuperar a humanidade perdida e isso, juntos! Pois, “Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: todos se libertam em comunhão!”, disse o mestre Paulo Freire e, são nestas perspectivas que podemos começar a construir um mundo cada vez melhor!
Lucas Gonzaga
Um texto que pode complementar este que você acabou de ler é esse aqui:
Prioridades do mundo (?)
in Geral
A Economia atual se desenvolveu-se em vendas de produtos físicos quanto maior a quantidade maior a venda independente. O que torna vantajoso o desenvolvimento de produtos descartáveis e frágeis que são substituídos em um prazo menor que os outros. O Lucro é maior, o consumidor adquire produtos recentes e baratos, resta o prejuízo ao meio ambiente que cede recursos naturais para desenvolvimento destes produtos.
De fato, esse é a receita de sucesso da China e dos tigres asiáticos: desenvolvimento de produtos de tecnologia recentes e baratos, fracas leis ambientais e população operária disponível. Destes governos, só existem interferência na poluição quando existe notificação de lesões agressivas e irreversíveis na sua população como intoxicação por chumbo e mercúrio.
O Aumento de incidência de adenocarcinoma pulmonar(tipo de câncer de pulmão sem relação com o ato de fumar) na população mundial é o sinal claro que o ar inspirado está mais tóxico. Cuidar da natureza é uma questão de saúde, pois nós, humanos, somos componentes e originados delas.
O que torna vantajoso o desenvolvimento de produtos descartáveis e frágeis que são substituídos em um prazo menor que os outros.[2]
É verdade, quem bate muito nsta tecla é o Baumann. Inclusive ele diz que o ser humano está se tornando descartável, seus relacionamentos, etc.