Uma criança nasce neutra
Uma criança nasce neutra, nem crente, nem ateia, mas agnóstica no estado mais puro, pois ela simplesmente não tem opinião formada sobre nada. Se os pais se acham no direito de dizer qual será a religião de uma criança, também deveriam dizer qual será a profissão dela, qual o time de futebol, com quem ela vai se casar e tudo mais que, de fato e de direito, deveria ser decidido por esta criança quando ela tivesse capacidade para tal. Se os pais tomam estas decisões pelos seus filhos, eles estarão sequestrando um direito inalienável. É a castração psicológica de uma criança indefesa.
in Geral
José Serrano,
Estas analogias apenas pressupõem que ateísmo não seja crença, não tem valor argumentativo. Fora que também é fácil ridicularizar a ideia de que ateísmo é ausência de crença: ateísmo é tão ausência de crença quanto minha torradeira é fã de Dawkins.
Gregory,
espera um pouco… você está falando que o ateísmo é crença em que?
Crença na inexistência de deuses?
Ou crença em todo o resto menos deuses?
Se for o segundo caso, eu concordo.
José Serrano,
Ateísmo é crença na inexistência de deuses. Sou ateu porque penso saber que deuses não existem: acredito que deuses não existem, e é uma crença que amparo em argumentos, de modo que estes argumentos a justificam e me permitem dizer que sei que deuses não existem.
E somente isto é ateísmo, “crença em todo o resto menos deuses” não é ateísmo, não é posição intelectual alguma.