Ministério da Saúde mente sobre propaganda contra AIDS

Autor: Eli Vieira
Tudo começou quando um grupo de pessoas bem-intencionadas se reuniram e decidiram quais seriam as ações do Ministério da Saúde para combater as DST’s, particularmente a AIDS, no carnaval de 2012. Tudo correu normalmente, as ideias para vídeos a serem veiculados na TV foram criativas: em dois deles, uma fada e um siri entregavam a camisinha para casais desprevenidos. A excitação do carnaval “rola”, mas fantasia de fadas e siris fazerem isso “não rola”, por isso é necessário o cuidado e a prevenção, diziam os comerciais. Uma ideia muito boa.Só que havia um problema. A fada estava entregando a camisinha para dois homens num dos comerciais. Dois atores tentando fazer a tarefa difícil de passar a ideia de atração mútua para o público sem nenhum sinal de erotismo. O vídeo, de boa produção, veio acompanhado deste padrão Globo de ausência de homoerotismo:
Este vídeo não está no canal do Ministério da Saúde no YouTube, mas num canal de um terceiro, porque o Ministério da Saúde resolveu remover o vídeo de todos os seus canais na internet, de repente, apesar do que foi dito em seu próprio planejamento para a campanha do carnaval na TV. E pior, o Ministério da Saúde mentiu, como pode ser visto na imagem abaixo e no blog Eleições HoJE.
Deputados da bancada teocrática reivindicaram a autoria da censura. No último domingo, o Ministério lançou o vídeo abaixo. Compare com a qualidade da produção e com a qualidade da mensagem do vídeo anterior.Eis meu comentário ao vídeo, e a resposta-padrão do Ministério da Saúde, que também foi enviada por Twitter a várias pessoas, persistindo na mentira:O Ministério tem insistido que o vídeo original era para lugares e públicos específicos. Se as estatísticas mostram um aumento na incidência de HIV entre gays, o que exatamente o Ministério pretende mostrar com esta resposta? Que bissexuais não existem, por isso não é necessário que o público de TV’s abertas veja o comercial original?É de dar arrepios orwellianos ver o preconceito e a mentira institucionalizados dessa forma. É o Estado que deveria ser laico se curvando ao lobby do preconceito religioso às custas da igualdade perante à lei, às custas da livre iniciativa dos publicitários que fizeram a peça original, e às custas até mesmo da saúde de alguns.*ATUALIZAÇÃO*: hoje o ministro Alexandre Padilha repetiu a mentira para o site da notícias da EBC.

One Law For All rally 2012

The Secular Humanist League of Brazil wishes to express our full support for the One Law For All movement and reiterate admiration for our dear honorary member Maryam Namazie. 
In Brazil we do not suffer from the problem of Sharia, since Islamists are a negligible minority. But we do know what it is like to have theocrats trying to impose their way of life on public power and society at large.
Muslims are welcome in the secular society as free participants in the belief system diversity every humanist cherishes, so every charge of “islamophobia” against this movement is lacking depth of analysis. The truth we witness in Europe is that a small but influent minority in Islam is trying, in a passive-agressive fashion by mimicking the cry of oppressed minorities, to undermine centuries of slow prosocial evolution by imposing Sharia law on human beings who are unlucky enough to be put under the label “Muslim”, many times against their will.
Every individual is a precious universe that has an opportunity to blossom into achievements of art, science and love. Human rights are an attempt to grant security to this process, and so is secular law. Sharia only tries to nip it in the bud.

Eli Vieira

president